quarta-feira , 23 outubro 2024
Mulher&

Puerpério: como uma rede de apoio pode contribuir

Psicóloga e especialista ensina como lidar com o período auxiliando mães no puerpério

A chegada de um novo bebê na família traz muitas alegrias, além de marcar uma nova trajetória de adaptação e aprendizado para mães e pais que passam a viver uma nova rotina. No caso da mãe que acabou de gerar um filho, as transformações podem ser ainda mais intensas, já que o pós-parto marca o início do Puerpério, que acontece logo após o nascimento e costuma durar entre 6 e 8 semanas. O período é marcado por mudanças fisiológicas no organismo, afetando principalmente o psicológico. Entre os principais sintomas estão alterações de humor, fadiga, irritabilidade, ansiedade, entre outros.

Ainda que cada mulher viva o puerpério de uma forma única e desafiadora, sem conseguir prever os sintomas físicos e emocionais que o período vai apresentar, a psicóloga, Rafaela Magarinos, orienta que alguns cuidados ainda durante a gestação podem contribuir para passar pelo período de uma forma mais branda.

“A manutenção de hábitos saudáveis como um sono regulado, a prática de atividade física durante a gestação, quando autorizada pelo médico, e uma alimentação saudável impactam positivamente na saúde mental da mulher, que tende a estar mais vulnerável na gestação e no pós-parto.”, explica.

A especialista reforça ainda a importância de contar com o suporte da rede de apoio. “Suporte social envolve estar perto das pessoas que são importantes para a mulher, que transmitam cuidado e segurança. É ter com quem compartilhar aquilo que pensa e sente e receber acolhimento e amparo.

“Manter-se informada também é importante para que a mulher conheça e identifique as mudanças físicas e psíquicas típicas do período, para lidar com a nova realidade e buscar ajuda caso necessário. Além disso, o parceiro e a rede de apoio também devem aprender sobre o tema para apoiar as mães neste momento. “O diálogo entre o casal é fundamental para que ambos ajustem as expectativas, façam combinados e definam a forma como pretendem conduzir as questões relacionadas ao bebê e às próprias necessidades.”, explica a psicóloga.

Por fim, a especialista indica que uma comunicação clara e objetiva com o parceiro e a rede de apoio é fundamental para que a mãe verbalize suas necessidades neste período, expondo a maneira que se sente mais confortável em ser auxiliada. “Algumas priorizam os momentos com o bebê e preferem ter auxílio com as tarefas de casa, por exemplo. Já outras fazem questão de ter os seus momentos realizando outras atividades, tendo com quem contar em relação aos cuidados do bebê. Mas especialmente nas primeiras semanas após a chegada do pequeno, oferecer suporte para que a nova mãe consiga descansar, se alimentar bem e ser poupada de situações estressoras é o melhor que a rede de apoio pode fazer.”

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *