terça-feira , 22 outubro 2024
Saúde Mental

Jovens são mais vulneráveis emocionalmente no trabalho?

Levantamento da Pipo Saúde mostrou que faixa etária de 19 a 29 anos é a que mais tem risco para a saúde mental

Há um tempo a saúde mental virou uma das prioridades do departamento de Recursos Humanos. Este ano inclusive entrou em vigor a Lei 14.481/2024, que institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental e visa reconhecer empresas que implementam práticas voltadas à promoção da saúde mental e do bem-estar de seus colaboradores. Mas como de fato anda a saúde mental no mercado de trabalho?

Um levantamento realizado com 12.873 colaboradores de diversos setores e empresas de variados segmentos – como bebidas, serviços e tecnologias -, quanto mais a faixa etária diminui, ou seja, quanto mais jovem o colaborador, mais risco apresenta para a saúde mental. Isso significa que mais exposto e vulnerável se encontra.

“Os jovens normalmente requerem uma atenção maior em relação ao equilíbrio emocional, uma vez que estão cada vez mais ansiosos em relação a vários aspectos do trabalho e muitos têm problemas em lidar com frustrações. Além disso, frequentemente enfrentam uma variedade de pressões sociais, como a necessidade de se encaixar em grupos,” explica Marcela Ziliotto, Head de People da Pipo Saúde. “É importante que os gestores estejam conscientes sobre essa diferença geracional e preparados para direcioná-los e orientá-los para que mantenham sua integridade e motivação e, assim, esses jovens possam trabalhar de forma saudável e equilibrada”, complementa.

✅ Leia também: Transtorno mental está relacionado ao uso abusivo da tecnologia

Dos 5.178 respondentes na faixa etária entre 19 e 29 anos – 2.858 pessoas – 55,1% possuem algum risco para a saúde mental, seja ele leve moderado ou alto. O índice desceu um pouco no grupo entre 30 e 39 anos, onde 48,4%. Quando vamos para os colaboradores entre 40 e 49 anos a porcentagem é de 36,4%. Já acima dos 50 anos, o índice cai para 29,2%.

E a comparação de cada grupo etário com o total de respondentes também ratifica que quanto mais jovens mais riscos: 22,2% na faixa entre 19 e 29 anos; 20,2% na faixa entre 30 e 39 anos; e 5,2% na faixa de 40 a 49 anos. Acima dos 50 anos, o índice fica em 3,4%. Para a análise do risco mental, o estudo utilizou duas avaliações de formato resumido, validadas para ansiedade e depressão, usando o score de cada pessoa baseado na soma das suas respostas.

“Programas de apoio psicológico, flexibilidade no horário de trabalho, incentivo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional, empatia, feedbacks, uma cultura diversa e inclusiva, e uma comunicação aberta sobre a saúde mental podem ser alguns dos caminhos para atração e retenção desses jovens talentos”, comenta Ziliotto.

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *